Então aí encontro você.
Poderia dizer
do sonho que tive na noite precedente
Assim você aparece, de repente
e faz do sonho profecia?
Depois de tanto tempo
depois de nem tanta gente.
Seu evento já tinha vindo
e veio, singelo, de novo
assim
uma pena que pousa
assim
numa pena, repouso
Dizer de um sonho depois de anos…
Adianta contemplar, já sem medo
o então revoar da sua beleza
e falarmos banalmente
de segredos?
Adianta dizer que em mim você apareceu
em mão dupla via?
e que em segredo nossos olhos desde sempre conversaram
adianta dizer que eu já sabia?
Adianta perguntar quem é esse?
ou se seu sorriso chora?
ou se nunca, nada disso,
você está mais feliz agora
Se seus amigos já podem te entender
do jeito que você fala?
O seus olhos que reúnem
o que a sua boca espalha
Há caminhos de atalhar dores
onde te vi aprendendo a andar
mas vejo um mapa do caminho antigo
-ainda é o sentido do meu olhar
Mas anda, ainda, ainda...
não fuja dessa miragem
seja por refletir o meu medo
seja o medo da minha coragem
Meu reflexo me contradiz?
Por que ainda acredito piamente na beleza?
Um beijo, estou atriz
Não vou contar nada
está na mesa.
Somos mais um presente.
Agora leio o seu futuro
no passado que o seu sobrenome marca.
um beijo, um tchau,
estou no escuro.
UAU! amei a poesia, muito boa!
ResponderExcluirVoce é intensa e cheia de idéias.Depois de ler seu blog me senti infectado por essa coragem e certeza trans(pirada). Arrisquei:
ResponderExcluirés bela
e onde não estás completa
és poeta.
fizeste traço a traço
do destino seu esboço
em sua trama refeita
só não és perfeita
por causa da impureza
de minha incerteza
mas assisto admirado,
ao espetáculo sobre a terra
que representas tão bem
fizeste notar
tão singela
uma educada e tranqüila nobreza
fizeste rebrotar
em sorrisos outrora murchos
um sol de novo
de onde vieste
não sei, mas creio
para onde vais e estás
e rezo ao espaço vazio
que em sua constância
permaneça.